Boston

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A cidade universitária.


Boston também era um sonho antigo. A principal cidade universitária dos EUA, tem as mais prestigiadas e mais caras universidades americanas, incluindo as famosas e cobiçadas Harvard e MIT.

Esse foi o principal motivo que me fez querer conhecer Boston. Porém, chegando lá, vi que a cidade é muito mais que isso!

Foi muito legal colocar uma visita a Boston no meio da viagem a Nova York. São cidades completamente diferentes. Boston, com sua arquitetura européia, é uma cidade muito graciosa. É totalmente outro estilo, com suas casinhas de tijolo a vista e ruas arborizadas. Lá, pude sair um pouco do circuito turístico de massas. Em Nova York, a qualquer lugar que se fosse, havia muitos turistas, muitos latinos e indianos trabalhando nos estabelecimentos (era difícil encontrar americanos mesmo no comércio), a cidade inteira tem uma estrutura turística incrível. Difícil se perder ou se confundir em Nova York (ao menos para visitar os pontos mais clássicos). Já Boston não tem todo esse apelo turístico. Antes mesmo de viajar, encontrei poucas informações detalhadas sobre a cidade na internet. Chegando lá, me bateu um certo pânico, pois eu saía na rua e não havia caça-turistas parados em cada esquina oferecendo city-tours, passeios pra isso ou pra aquilo. Mas logo comecei a me achar e descobri um lugar fantástico, com muita, mas muita coisa bonita pra ver.

Claro que lá também têm os passeios guiados pela cidade, não demorei muito para encontrá-los. E mesmo eu, que prefiro fugir dos passeios "empacotados" das agências de turismo, fiz dois deles e recomendo muito. O Trolley Tour é uma espécie de bonde antigo que passa pelos pontos mais importantes da cidade e você pode descer e subir em qualquer desses pontos. É uma maneira muito legal de conhecer a cidade em um dia. É muito fácil, você pega o Trolley em um ponto, passeia, passeia, passeia, desce onde quiser, tira fotos, conhece melhor o local e sobe de novo no mesmo ponto pra continuar o tour. Com ele fui até Harvard (falarei sobre Harvard em um post exclusivo).

Outro passeio que gostei bastante foi o Duck Tour. É um carro anfíbio, que passa pelos principais pontos da cidade e depois entra no Charles River e faz um lindo passeio aquático. É muito legal! O guia, um típico americano cor-de-rosa, fala desenfreadamente durante todo o tour, algumas coisas não deu pra entender, devido à rapidez e ao sotaque tipicamente americano (nada do inglês arrastado dos latinos em NY), mas é uma ótima oportunidade de treinar o ouvido! E ele é super divertido, conta piadas, deixa as pessoas dirigirem o Duck na água, muito legal. Abaixo, fotos da parte aquática do Duck Tour:


Boston é uma cidade com poucos prédios altos, por isso, do observatório localizado no topo da Prudential Tower, com 52 andares, é possível ter uma vista incrível, de 360º, de toda a cidade. É fascinante!


De lá também se pode ver o Fenway Park, o famoso estádio de baseball, casa do Boston Red Sox.


Eu certamente faria uma segunda visita a Boston. Passaria um dia inteiro na região de Harvard, no outro dia tomaria novamente o Trolley Tour, para dessa vez caminhar pelas partes que não tive tempo e apreciar com mais calma a arquitetura, conheceria todo o Prudential Mall (shopping que fica na Prudential Tower, que só tive tempo de conhecer uma parte) e assistiria um jogo no Fenway Park. É uma cidade com muita coisa a oferecer, foi uma agradável surpresa no meu roteiro!

Harlem

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Domingo pela manhã, pegamos a linha 1 do metrô, na estação da Times Square, sentido Uptown, rumo ao Harlem.

Já tínhamos passado por lá com o ônibus do city tour e pudemos ver que o bairro realmente está revitalizado. Mesmo assim, fiquei com um pouco de receio ao desembarcar na estação da rua 125, não estava totalmente tranqüila, como nas outras partes da cidade em que andamos. Mas ao subir à superfície o que encontrei foi um bairro normal, ruas largas, comércio abundante e pessoas muito arrumadas andando pelas ruas.

Um domingo lindo, ensolarado, estava perfeito para um passeio por aquele bairro. Bem, talvez eu tenha andado somente pelas partes mais movimentadas e turísticas do Harlem, não ignoro vários relatos de certas ruas que dão medo por lá, mas realmente aquele pedaço ali, entre as Avenidas Lenox e Madison, na altura da rua 127, parecia mais agradável que muitas outras ruas de Manhattan que passei.

Contudo, uma coisa me chamou atenção. É mesmo um bairro negro. Estranho haver isso, uma vez que vivemos um tempo em que se procura abolir qualquer tipo de discriminação e os EUA me parecem um país onde os negros ocupam muito mais posições importantes que aqui no Brasil (onde eles são a maioria, porém, ainda vivem à margem de melhores condições de vida). Realmente me senti estranha caminhando por lá. Parecia que nós nos destacávamos, que estávamos fora do nosso lugar. Todos nas ruas eram negros, e ainda por ser um domingo, dia de missa, muitos estavam extremamente bem vestidos, os homens com seus ternos elegantes, as mulheres com casacos longos, conjuntos de terninho, vestidos, etc. E nós, branquelas, de tênis, roupas esportivas e mapas na mão, parecíamos mesmo passarinhos perdidos procurando o caminho de volta pro ninho...hehehe

Rapidamente achamos a Igreja, Mount Moriah Baptist Church. Não é Igreja mais badalada ou famosa, eu soube que uma outra Igreja, muito freqüentada por agências de turismo, costuma ter filas quilométricas na porta, e muitas pessoas sequer conseguem entrar. A nossa estava tranqüila. Quando chegamos, lá pelas 11h, a missa já havia começado. Na entrada, uma senhora meio impaciente pediu três dólares por cabeça como "contribuição espontânea" para entrarmos. Lá dentro não se podia fotografar ou filmar, por isso só tenho o registro da fachada da Igreja pra colocar aqui. Mas vocês não perdem nada, pois o lugar era totalmente caquético....hehehe

Claro, eu gostaria de ter visto lá dentro um coral estilo Mudança de Hábito, todos com seus uniformes cantando Happy Day e uma platéia animadíssima batendo palmas e cantando junto! Hehehehe....

Talvez na outra Igreja, a mais badalada... O lugar era meio escuro e sem muita conservação, haviam alguns poucos turistas e alguns freqüentadores da Igreja, mas estava longe de estar lotada. Havia uma banda e o coral parecia não estar completo. Porém, se o visual não era de filme, a qualidade dos cantores e sua animação eram. Nossa, pareciam todos Arethas Frankling e James Brown. Muito lindo mesmo. O culto (ou missa, não sei como se diz...) era composto por poucas palavras e muitas músicas e, cada vez que eles iniciavam uma, parecia um show mesmo, cantavam com o entusiasmo de quem estivesse no Madison Square Garden em frente a milhares de pessoas. Muito legal, valeu a visita e os três dólares. :)

Woodbury e Jersey Gardens

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Olá!
Que bom que eu fiz umas quatrocentas e cinqüenta mil coisas nas minhas férias nos EUA! Assim, tenho assunto garantido pra muitos posts ainda...hehehehe.

Bem, hoje o assunto é compras. Muitas pessoas, ao planejar uma viagem a NY, se deparam com essa dúvida: ir ao Woodbury ou ao Jersey Gardens? Bem, eu fui aos dois e vou deixar aqui o meu relato e a minha opinião.

Não que eu tivesse planejado visitar os dois centros de compras. Eu optei pelo Woodbury, já o incluí no meu roteiro de cara, pretendia ir até lá logo no primeiro dia e fazer o grosso das compras, pois acreditava que a maior parte dos meus objetivos de consumo nesta viagem seriam encontrados lá. Foi mais ou menos assim...


Por uma questão de planejamento inteligente, fomos até o Woodbury no segundo dia em vez do primeiro (é que tínhamos um city tour e outras coisinhas pra fazer logo na chegada e queríamos o dia inteiro disponível para o passeio de compras).

Pegamos o ônibus no Port Authority Terminal, o que foi muito fácil, e dentro de 1h, mais ou menos, chegamos ao simpático outlet. Parece uma mini cidadezinha, cada loja é uma casinha, é super agradável de andar por lá. Contudo, é enorme, há que se ter muita energia e disposição se a idéia for conhecer tudo e fazer grande volume de compras. Não posso dizer que encontrei tudo que eu queria, mas fiz muitas compras, saí carregada de lá. Não só eu, como se pode ver na foto abaixo, das pessoas (muitos brasileiros) na fila pra pegar o ônibus de volta a Manhattan:



Fui com o objetivo de comprar coisas de grife por um preço muito baixo e o balanço final foi o seguinte: comprei roupas de ginástica (um dos itens da minha lista) por preços ridículos na Reebok, preços módicos na Nike e razoáveis na Adidas. Porém, não comprei nenhum tênis, pois achei todos muito feios (bem cara de coisas que sobraram nas lojas mesmo). Onde acabei encontrando tênis bonitos de verdade foi na Lady Foot Locker do Soho, pois em todas as lojas do Midtown que olhei também não achei nada que agradasse meu gosto. Mas como fui ao Soho nos últimos dias, o orçamento já estava estourado, então deixei os tênis lindos para a próxima viagem (sou meio viciada em tênis...). Achei ótimos preços em lojas como a Tommy Hilfiger, a Guess (as coisas do Outlet não deixam a desejar em relação às lojas normais da Guess), a Calvin Klein, na Saks tinha alguma coisa com preços razoáveis também, apesar de a maioria ser só pra olhar... e sabe que até na loja da Swarovski dava pra se arriscar, se fosse do interesse. A Gap também estava lá marcando sua presença, sempre cheia; a Disney Store, pra quem gosta, é uma perdição, Minnies enormes por 30 dólares... Na L´Occitane também tinha coisas bem interessantes (aqui no Brasil é absurdamente caro). A Coach, marca de bolsas e acessórios super badalada por lá, devia estar com preços ótimos, pois tinha uma fila enorme na porta. Não entrei porque àquelas alturas o cansaço estava apertando, mas me arrependi depois.

Bem, e além disso, ainda havia várias outras lojas que sequer passei na frente, mas que gostaria muito de ter entrado, acho que eu teria encontrado mais coisas legais e baratas. E pra quem é consumista mesmo, tipo eu :), é uma boa oportunidade pra olhar de perto as maiores grifes do mundo (aquelas que a gente só vai comprar o dia que ganhar na Mega Sena e não souber mais o que fazer com o dinheiro), sem o constrangimento das lojas imponentes da quinta avenida (Gucci, Prada, Fendi, Burberry, Jimmy Choo, etc...). Resumindo, é um belo passeio pra quem é chegada nas comprinhas.

Já o Jersey Gardens é totalmente outro estilo. 


Resolvi ir até lá (o que não estava nos meus planos iniciais), pois no penúltimo dia de viagem, um cansaço absurdo e assustador bateu, e como me recuso a gastar um dia de viagem parada no hotel pensei: "vou passar a tarde no Shopping, conhecer um pouquinho de New Jersey no caminho até lá e quem sabe fazer mais uma ou duas comprinhas".

O Jersey Gardens fica em Elizabeth, New Jersey, aproximadamente uns 30 min de Manhattan. O ônibus sai do Port Authority também, mas é bem mais barato que aquele pro Woodbury.

Pra quem não faz questão de grife, só quer comprar roupa boa e barata, lá é o lugar pra ir. É um imenso shopping, com várias lojas de departamento e preços muito bons. As marcas mais badaladas marcam presença por lá também, há lojas-outlets da Victoria´s Secret, da Abercrombie, da Guess, Banana Republic, Calvin Klein, várias lojas de perfumes e relógios, até artigos pra casa, é um shopping muito variado. Eu fiquei muito satisfeita de ter ido lá, encontrei várias coisas que tinha procurado em outros lugares e não tinha achado. Como o meu objetivo, nesta primeira viagem aos EUA, era comprar marcas que aqui são caríssimas, achei muito bom ter ido ao Woodbury, mas, em uma segunda viagem, eu ficaria só com o Jersey Gardens, pois ele tem muita variedade de produtos, principalmente roupas. Só não iria de novo no sábado, pois nunca vi tanta criança dentro de um shopping como naquele dia, tava lotadaço!

Ah, tanto o Woodbury como o Jersey Gardens oferecem um livrinho de cupons de desconto para os visitantes, é só pegar no centro de informações!

Para quem vai, aconselho economizar antes, pois vai querer comprar muitas coisas por lá! Principalmente se lembrar dos absurdos preços do nosso país!