Chegando em Orlando

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 Após dois dias em Miami, seguimos para Orlando. Existem várias maneiras de ir de Miami a Orlando. A maioria das pessoas opta por alugar um carro e ir dirigindo. O trajeto leva em torno de 4 a 5 horas e as estradas são super tranqüilas, sinalizadas e bem conservadas. E como Orlando, assim como Miami, é uma cidade onde carro é quase essencial, o mais prático é alugar um carro em Miami e entregá-lo em Orlando.

Bom, como já contei, nós não alugamos carro em Miami, então não optamos por essa forma de transporte até a cidade da Disney. O principal motivo foi que não estávamos muito dispostas a encarar a estrada nos EUA, e eu, que teria que dirigir, já não costumo dirigir em estrada aqui no Brasil, achei que seria meio estressante e cansativo dirigir todo esse tempo (e ainda em um país estranho). Então, me coloquei a pesquisar outros modos de chegar a Orlando.

Pois bem, há sempre a hipótese de ir de avião, mas um trajeto tão curto, acabaria dando mais trabalho e saindo mais caro pegar um vôo. Descartado. Carona? Hmmm, vamos deixar essa como última opção. Trem? Sim, há uma linha da Amtrak entre Miami e Orlando. Porém, não só os horários não eram muito compatíveis com a nossa programação, como as estações também ficavam um pouco distantes dos hotéis nas duas cidades, o que significaria gastar mais com taxi. Então, pesquisando o assunto, encontrei aquela que foi a melhor opção: ônibus. Sim, há várias empresas que fazem a rota Miami-Orlando por preços bem camaradas. E mais, não saem de uma rodoviária ou estação, pegam os passageiros em seus hotéis ou pontos de referência próximos. E ainda por cima saem de manhã bem cedo, o que permite que se aproveite o dia em Orlando. Fechado! Compramos os tickets pela internet e tudo que tivemos que fazer foi escolher o local de saída e de chegada. Ainda nem tinha amanhecido e nos dirigimos até o hotel onde o ônibus iria nos pegar. Alguns minutos depois embarcamos. O ônibus era bom, com ar condicionado e na metade do trajeto eles serviram um lanche. Próximo ao meio-dia (na verdade acho que até era antes da onze) chegamos em Orlando, onde paramos em um estacionamento onde algumas vãs esperavam pra levar os passageiros até seus hotéis. Mais alguns minutos e estávamos sendo entregues na porta do nosso hotel, por um simpático motorista brasileiro que já nos deu várias dicas sobre a cidade.

Foi a primeira vez que fui à Orlando e a palavra que usaria pra descrever a cidade é "deslumbrante". A chegada já me deixou super impressionada, uma cidade toda bonita, limpa, cheia de atrações. É uma grande colônia de férias! Totalmente diferente de Miami, parece que lá está todo mundo de férias, se divertindo, não se vê a estrutura e o movimento normal de qualquer cidade, mas sim muitas lojas, turistas e parques. Tudo maravilhoso!

O primeiro dia dedicamos a reconhecer o terreno. Inicialmente nos acomodamos no hotel Fairfield Inn (muito bom e barato, por sinal), fomos até a locadora pegar o carro e visitamos o Walmart e a Whole Foods, dois estabelecimentos que eu morria de vontade de conhecer. Ambos são tudo que se fala e mais um pouco. Achei muito legal andar naqueles corredores do Walmart, que já vi em tantos filmes e séries, e ver aquela variedade enorme de produtos. E a Whole Foods, meu Deus, queria morar lá! Todo tipo de produtos orgânicos e naturais que eu sempre sonhei em encontrar aqui no Brasil! Eu teria um décimo da dificuldade que tenho pra me alimentar saudavelmente se tivesse uma Whole Foods aqui em Porto Alegre :( Até bala eu comprei lá! Tudo bem, deixa eu explicar minha emoção. É que desde que precisei e resolvi abolir (ou pelo menos reduzir drasticamente) os aditivos químicos da minha alimentação, e isso já faz alguns anos, nunca mais coloquei uma bala na boca. Porque as nossas balas são pura química né, corantes, conservantes, aromatizantes, tudo que é "ante" que se imagine. E lá, na Whole Foods, dei de cara com uma gôndola inteira de balas orgânicas, com ingredientes 100% naturais! E se você está pensando que elas têm gosto daquelas balinhas de guaco ou erva-doce que se compra nas feiras aqui, se enganou! São idênticas às industrializadas! Amei, trouxe dois pacotes pro Brasil!


Depois desses dois paraísos, demos uma passada rápida na Best Buy (para comprar uns eletrônicos de primeira necessidade...hehe) e na Barnes & Nobles, que era ao lado.

A parte triste desse dia é que acabei perdendo todas as fotos tiradas =( Não sei bem como, mas acabei apagando as fotos e os registros que tinha do ônibus, do quarto do hotel, do Walmart, da Whole Foods, da Best Buy e da Barnes & Nobles ficaram apenas na memória... E é impressionante, tiramos quase 5 mil fotos dessa viagem toda e só consigo pensar nas que perdemos desse primeiro dia em Orlando....hehehe

Bom, mas após esse reconhecimento da área, nos dias seguintes fomos aos parques. Aí sim, tem muita coisa pra contar! E, ainda bem, desses dias não perdi as fotos, tem muitas imagens pra compartilhar com vocês!

Alguém aí compartilha dessa paixão que tenho pela Whole Foods? E pelo Walmart, BestBuy e Barnes&Nobles? Dividam com a gente como foi a experiência de conhecer essas lojas ou de conhecer Orlando ;)

 

Balanço geral

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O bom de viajar, ainda que se passe poucos dias na cidade, é que dá pra fazer uma boa avaliação do que ela oferece e passar adiante a dica. Portanto aí vai o que seria, pra mim, uma viagem ideal a Miami:

1. Aproveitar a praia: acho que uma excelente escolha seria ficar em Miami Beach, perto da praia (de preferência em frente) e curtir aquele mar maravilhoso por uns 3 ou 4 dias. Não precisa se preocupar com carro, ali perto dá pra fazer uns bons passeios a pé quando não se estiver na praia. E se a pessoa fizer questão de ter uma visão geral da cidade, dá pra pegar o ônibus de turismo e conhecer os pontos mais importantes (Downtown, Bayside Market, Coral Gables, Coconut Grove, Little Havana, Design District).

2. Opção compras: caso o objetivo seja comprar, deixe a praia de lado e alugue um carro. Aí dá pra se hospedar fora de Miami Beach (conseguindo precinhos ótimos), no entorno do aeroporto, por exemplo, tem diversos hotéis bons e baratos. De carro dá pra conhecer o Dolphin Mall, o Aventura Mall e o Sawgrass (uns dois dias pra ele, por favor), com facilidade. Só tem que cuidar o excesso de bagagem na volta :))

Se a viagem for apenas para Miami eu sugeriria unir os dois roteiros, fazendo duas viagens em uma. E ainda colocaria mais um dia para um passeio a Key West, que dizem ser bem legal. 

Se for estender a outra cidade, por exemplo, Orlando (Miami costuma ser apenas uma parada nos roteiros de Orlando), ficaria com a opção número 1, com certeza. Não há melhor lugar pra comprar  que as dezenas de lojas e Outlets de Orlando!

Ai, ai, já dá vontade de voltar...

Um dia para as comprinhas

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Nosso segundo dia de Miami foi reservado para as compras. Escolher onde ir foi um desafio, diante de tantas opções. Há diversos shoppings, outlets e centros de compras na região. Sim, queríamos muito ter ido ao Sawgrass, o outlet mais famoso da Flórida e enorme também. Mas resolvemos ser realistas: não iríamos conseguir ver todo o Sawgrass em um dia, seria só pra se cansar e se frustrar. E novamente o fato de estarmos sem carro pesou, Sawgrass era muito longe de Coral Gables.

Outro lugar que eu tentei colocar em nosso roteiro foi o Aventura Mall, as lojas dele me agradavam muito, estava super a fim de conhecê-lo. Mas, mais uma vez, a distância me fez desistir. Então chegamos a um consenso: nosso dia de compras seria gasto no Dolphin Mall.


O Dolphin Mall tinha três vantagens: ótimas referências de pessoas que já foram, distância razoável do nosso Hotel (era para o lado oposto do Aventura e do Sawgrass, que ficam para o norte) e no caminho poderíamos passar em outro lugar que era de nosso interesse, a CompUSA.

E lá fomos nós, nos aventurar no transporte público de Miami. 


Começamos pegando um ônibus até o Mall of Americas, onde fica a loja da CompUSA (ou Tiger Direct, a segunda comprou a primeira), famosa loja de eletrônicos dos EUA. Ou melhor, dois. Sim, o transporte público é um capítulo a parte. A cidade é bem servida de ônibus (nem tanto de metrô, ele não passa em todos os lugares), eles são baratos e bem conservados, porém são muito, mas muito demorados. Há praticamente uma parada em cada quadra. Para o Mall of Americas, precisamos pegar dois ônibus. Eles não demoram muito a passar, mas dá pra tirar um cochilo no itinerário, de tanto que vão parando. O público dos ônibus de Miami é essencialmente latino. Em sua maioria idosos. Acredito que os únicos americanos que vimos no trajeto foram os motoristas (muito simpáticos por sinal e logo observaram que não éramos dali e já foram puxando papo, curiosos sobre a nossa nacionalidade).


A medida que íamos nos afastando do ponto inicial, cada vez mais mudava a paisagem urbana, com prédios mais baixos e simples, outdoors e placas em espanhol. Cada vez menos se parecia com EUA e mais com o Brasil (tirando a parte do espanhol). O Mall of Americas, por exemplo, é um shopping latino, só se ouvia espanhol dentro da CompUSA. Uma das atrações de lá é o restaurante que pertence à Gloria Estefan.


A CompUSA é uma espécie de ponta de estoque. As mercadorias estão todas empilhadas em suas caixas, expostas como num atacado. Tem bons preços, porém não é aquela variedade né...não tem lançamentos, são mais os produtos que sobraram mesmo. Não encontramos lá o que queríamos e achamos que o pequeno shopping não valia a pena se perder muito tempo. Seguimos até o Dolphin com outro ônibus.
Esse sim, é excelente. Tem muitas lojas boas, um tamanho razoável, dá pra ver tudo em um dia com tranqüilidade. Tem marcas como Bath and Body Works, Victoria´s Secret, Guess, Nike, Sony, DKNY, Calvin Klein, Banana Republic, enfim, todas as que os brasileiros adoram. Vale muito a pena, recomendo!

Mais de Miami

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Continuando o passeio por Miami, ainda no primeiro dia fomos conhecer o Memorial do Holocausto, que fica ao lado do Convention Center. Não recomendaria a ninguém tentar encontrar o memorial a pé no verão, como fizemos. As quadras são enormes ali naquela região e o sol estava escaldante! Quase desistimos no caminho, mas fomos em frente e valeu a pena, é um registro bem chocante dessa parte tão triste da nossa história.






Após o memorial, tomamos novamente o ônibus de turismo para ir até o Bayside Market, um shopping a céu aberto em Downtown Miami. Ali há um Hard Rock Café, várias lojas, uma variada praça de alimentação e foi dali que embarcamos no Island Queen, um passeio de barco pelas ilhas de Miami.

O passeio é bem legal, passamos pelo Porto de Miami, e pelas ilhas onde ficam as casas das celebridades. Todas as casas estavam fechadas em pleno verão! Eram belas mansões, com seus iates na frente, mas não vimos sequer uma janela aberta ou uma pessoa por ali. Curiosidade do passeio: a única casa pertencente a um brasileiro era a da Xuxa. Mas o curioso não é isso, mas sim a maneira como o guia do passeio a apresentou. Ele disse "essa casa é da Xuxa, a brazilian former playmate". Não sei se é proposital apresentá-la assim ou se é pura ignorância americana, pois ainda que ela tenha sido playmate, não é por isso que ela é famosa no Brasil né?
Bom, esse é um passeio muito legal, recomendo a todos, ainda mais como fizemos, no final da tarde, dá pra ter uma bela vista da cidade de Miami.




Depois voltamos a Coral Gables, onde tivemos um pequeno desafio: encontrar lugares abertos para jantar...hehehe. Pois é, Coral Gables é como uma cidade pequena, as coisas fecham cedo. Como não queríamos um restaurante chique, nem nada assim, queríamos apenas uma refeição leve pra fechar o dia e sem gastar muito, acabamos nos dando mal, pois mercados, pequenas lancherias e afins fecharam todos cedo. É por isso que eu repito: Miami sem carro não dá. Especialmente se você ficar fora de Miami Beach.

Bem, essa foi a impressão que tive. Alguém aí já foi a Miami e gostaria de compartilhar sua experiência? Dá pra conhecer a cidade sem sofrimento, estando sem carro?

No próximo post, o segundo dia, que foi bem mais tranquilo, pois foi totalmente dedicado àquilo que acho que há de melhor em Miami: compras.